sábado, outubro 09, 2010

Que faria um homem além de sujar a beatitude do nada? Arte, acertos, filhos e suas educações. São traços insossos, feitos de milho, como aqueles bolinhos amarelos que socam os beiços de tão secos. Manteiga, monstruosidade, e percalços inevitáveis. Tudo é sujeira. A falta da existência, o que o tempo não alcançou, ainda faz do inimaginável algum tipo de fagulha repentina, no meio do círculo ensolarado ao asfalto. Sexo feito de nada, homens lotados de tudo fodendo fêmeas feitas de tudo. Eterna desilusão masculina. A boceta e a estrada ao cérebro. Gelatinosa e escorregadia estrada que não suporta as rodas engraxadas de rudes machos invejáveis. Infinito descoberto na incapacidade de amar, fragilidade humana cortada em cubos, como chiques escalopes. Pobre homem! Berço de necessidade fútil, frente aos sábios travesseiros femininos. Sem eles, a beatitude do nada ainda permaneceria empoeirada de giz antigo. Areia branca e penetrante. O pênis em pó. Recordações masculinas tapando a fina camada de pele que envolve as fêmeas e os arredores de seus umbigos.